Ao caminhar por seus pensamentos ela percebeu, de repente, que não sabia quem era. Notou que o que a intimidava não a atingia mais, e até mesmo o que lhe causava um estopim de emoções agora era irrelevante.
Sentiu aquele cheiro que, há tempos, lhe causava arrepios de euforia e, quem sabe, excitação, mas nada a acometeu. Percebeu que o silêncio da sala vazia preenchido apenas com suas significativas presenças agora causava um peso enorme no ar que respiravam e um súbito esquecimento do que fazer e do que dizer, o que antes seria substituído por um beijo. Exatamente isso: antes. E não hoje. Não naquele momento.
Uma dúvida, no entanto, tornou-se constante em seus devaneios: será que alguém seria capaz, um dia, de provocar-lhe tais sentimentos que outrora sentira por ele?
Isso só o tempo dirá...
Por: Ilka Souza
4 comentários:
Poxa, realmente às vezes eu me pego pensando: Quem eu sou? Sou tão inconstante, que até me dá medo. Porém, os sentimentos são intensos e não voltam atrás. Belíssimo texto e obrigada pela crítica lá na comu "Escrever". Seguindo.
Atualizações nada, hein? Tenha uma ótima tarde. ^^
Finalmente estou seguindo você. Um beijo.
Adorei teus devaneios. Qdo menos se espera tudo acontecerá outra vez...
Te sigo! bjs
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