sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conto com a dúvida

Ao caminhar por seus pensamentos ela percebeu, de repente, que não sabia quem era. Notou que o que a intimidava não a atingia mais, e até mesmo o que lhe causava um estopim de emoções agora era irrelevante.

Sentiu aquele cheiro que, há tempos, lhe causava arrepios de euforia e, quem sabe, excitação, mas nada a acometeu. Percebeu que o silêncio da sala vazia preenchido apenas com suas significativas presenças agora causava um peso enorme no ar que respiravam e um súbito esquecimento do que fazer e do que dizer, o que antes seria substituído por um beijo. Exatamente isso: antes. E não hoje. Não naquele momento.

Uma dúvida, no entanto, tornou-se constante em seus devaneios: será que alguém seria capaz, um dia, de provocar-lhe tais sentimentos que outrora sentira por ele?
Isso só o tempo dirá...

Por: Ilka Souza

4 comentários:

Unknown disse...

Poxa, realmente às vezes eu me pego pensando: Quem eu sou? Sou tão inconstante, que até me dá medo. Porém, os sentimentos são intensos e não voltam atrás. Belíssimo texto e obrigada pela crítica lá na comu "Escrever". Seguindo.

Unknown disse...

Atualizações nada, hein? Tenha uma ótima tarde. ^^

Unknown disse...

Finalmente estou seguindo você. Um beijo.

Angella Reis disse...

Adorei teus devaneios. Qdo menos se espera tudo acontecerá outra vez...

Te sigo! bjs