quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vão


Solidão acostuma,
Não é bem-vinda,
Instala-se de uma forma a não ser percebida.

Quando a felicidade vem,
Assusta.
Mas a segurança defendida por alguém
Transfigura o medo. Dá forças.
Palavras são artifícios viscerais,
Rosas têm perfume alucinógeno, e o olhar...
tem poder paralisante.

Mas e quando o “Mundo” é citado em vão?
A tal segurança oscila...
E como a razão se sustenta?

Vêm a dúvida e a vulnerabilidade,
O medo e a saudade...
Saudade do tempo bom sem conflitos,
Saudade de uma mente livre de desafios.
Saudade...
De uma incerteza mascarada.


Por: Ilka Souza

4 comentários:

Dinah Bezerra disse...

Um tanto sútil, um tanto marcante... Lindo *-*

Thaís Rigueira disse...

Sei como estás sentindo amiga...

Belma Andrade disse...

saudade da falta de preocupação com coisas tão assustadoras de hoje...

IlkaSouza disse...

pois é meninas!